sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Heis que senão...


Deambulando por essas ruas, dia após dia, já nos cruzámos milhares de vezes. Nunca nos entreolhámos, mas mesmo assim sei que estas aí. Ambos esperando um olhar, ou uma mera palavra continuamos a vaguear até ao dia em que finalmente tenhamos a coragem de perder alguns segundos e sem amarras ou inibições iremos sorrir e desejar que o tempo pare.

Heis que chega o tão esperado dia, e nenhum de nós parece acreditar. O nosso olhar, mesmo sem querermos, revela os nossos segredos mais intímos e rapidamente nos tornamos cúmplices.

Mas por mais que o desejo tentasse impedir, virámos costas na esperança de um dia nos voltarmos a cruzar.
O desalento ocupou o espaço deixado pela esperança e em completo estado de letargia vou caminhando sem um destino definido. Heis que senão antes que a última gota de esperança corresse pela minha face, tu vens em meu auxílio e roubas o tão esperado beijo.

3 comentários:

mónica disse...

Uma linda história entre a estagiária e o biologo xD

tânia disse...

... na rampa!

Unknown disse...

a letargia estragou a minha leitura... =P